sábado, 30 de maio de 2009

SINCERIDADE E ESPONTANEIDADE

Agora, convivendo com a Vitória, fiquei pensando quando é que acabam com nossa sinceridade e espontaneidade. Sim, porque criança tem definição nessas duas palavras.
Para uma criança, um sorriso é sempre felicidade; come quando está com fome; chora quando não gosta, independente de quem estiver com ela.
Os adultos já não agem mais assim. Tudo bem que a convivência em sociedade, a boa convivência não permite que todas as verdades sejam ditas, afinal, velho e certo é o ditado: “quem fala o que quer, ouve o que não quer.”
Mas nós vamos com o tempo perdendo todo tipo de sinceridade, até com a gente mesmo naqueles momentos em que estamos sozinhos.
Mas o que me intrigou de verdade foi o tempo, o momento em que há essa perda. Pensei e confesso que não encontrei nada em minhas memórias que servisse de marco inicial.
Tomara que eu consiga perceber e não deixar que isso aconteça com a Vitória, pois quero que ela seja sempre verdadeira e possa ter muita espontaneidade para poder ser ela mesma.
Tenha certeza que eu não estou sendo de todo sincero agora!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"NÃO QUEIO"

Conforme eu já havia anunciado, sendo alvo de vários céticos, segue postado o vídeo em que eu provo por a+b que a Vitória, aos 2 meses, já está expressando sua indignação com o mundo (mais especificamente comigo).
Nesse vídeo feito nesta noite, ela, por 3 vezes, repete a primeira frase que aprendeu na vida: "NÃO QUEIO!".
To feito!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

2 MESES

Hoje a Vitória está completando 2 meses de vida e já cresceu bastante. Não é mais aquele nenezinho prematuro. Ta bochechuda, coxuda e barrigudinha.
E já está falando!!!
É verdade. Posso provar.
Quando ela chora, um dos meios de contornar esse problema é o bico. Mas nem sempre ela está interessada. E quando ela não quer mesmo, ela diz (entre choro e soluços): “não quéio”.
Pura verdade. A Laura também não acreditou e eu provei.
Tão logo consiga gravar a fala vou postar aqui no blog.
Ontem de tarde a Laura foi ao médico e eu fiquei com a Vitória em casa. Mesmo ainda sofrendo com a constipação, foi exatamente nessa hora que ela resolveu ter um verdadeiro churrio, somado ao fato de que a fralda vazou, ficamos uma verdadeira “cacaca”.
Como não podia ser diferente, tive que trocar a fralda da minha filhinha. Até que não foi tão difícil, ainda que vocês não possam imaginar o odor que causa o leite!!!
Mas ela ficou bem limpinha e pronta para outra.
A diferença desses 2 meses, por certo, não é só física. Já é impressionante como ela está mais atenta em relação a nós e já começa a responder alguns estímulos.
Ontem mesmo fiquei ensaiando uma bateria na carinha dela, bochecha, testa, nariz e queixo e ela deu muita risada. Tentei repetir alguns minutos depois e o choro foi forte. Acho que ela só gosta de novidade.
Nosso último projeto é filmar um dos tantos momentos de brabeza e choro da Vitória pra daqui alguns anos jogar na cara dela (hahahahahaha). Só pra ela ter noção do que nos fez passar.
Ela chora bastante e quanto mais chora, mais braba fica e mais alto chora e por mais tempo.
Felizmente tenho tido algum sucesso em acalmá-la, ainda que, por vezes, leve tempo demasiado.
A Laura tem sofrido mais com isso. Ela fica nervosa e acaba passando isso pra Vitória. Além disso, tem o inegável envolvimento de mãe e filha com razões que nem tento explicar.
Amanhã vamos na pediatra para o acompanhamento rotineiro, pesagem, medição e queixas. Além do choro constante e, às vezes, aparentemente imotivado, a Vitória tem apresentado um ronquinho, como se estivesse encatarrada. Semana passada estava bem forte, diminuindo agora.
Acredito que ela já deve ter ultrapassado os 4 quilos e esteja medindo uns 53 centímetros.
O próximo passo nosso é deixar ela dormir no quarto dela, agora que já é quase uma mocinha. Acho que ela vai encarar bem. Nós não!
Enfim, ter um filho requer muita vontade. Não é fácil, nem simples, mas é recompensador.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

50 DIAS ULTRAPASSADOS



A Vitória já comemorou 50 dias de vida que passaram incrivelmente rápidos.
Ultimamente, ela tem tido acessos de choro por várias horas e que chegam a nos tirar do sério. É verdade, é tanta intensidade, volume, sem que nenhuma medida que tomemos faça resultado que a gente chega na beira de perder a razão.
Para que isso não ocorra, instituímos o revezamento 2x1, ou seja, a cada hora de choro trocamos o cuidador.
As crises ocorrem em geral pela manhã com duração até por volta das 13 horas e de noite, das 18 até 23 horas, mais ou menos.
Felizmente, as madrugadas tem sido e alguma tranqüilidade, em que pese ela acorde pelas 6 da manhã e leve algum tempo até dormir de novo, quando dorme. Tudo isso regado a choro, com mais gritos do que lágrimas.
É certo que já aprendemos pelo menos umas 10 maneiras diferentes de enfrentar o choro, desde canções (compramos 5 cds), até embalos (de barriga pra baixo, de lado, dançando, correndo pela casa...)
O Bartho fica nervoso quando o volume do choro fica alto e para em frente a porta implorando pra sair. Não deixo, é claro, afinal cachorro tem que ser parceiro. Na alegria e na tristeza.
Mas o que aprendemos de principal é conversar sobre esses momentos de verdadeira raiva que sentimos, pois pode parecer anormal que isso floresça nos pais. Não é. Você só tem que aprender a lidar com esse sentimento e escondê-lo não é o melhor caminho.
Pois foi justamente falando nisso que conseguimos táticas para conviver com essa realidade: temos uma filha pequena que é chorona, braba e que essa situação vai perdurar por alguns meses (no máximo até o terceiro, é o que esperamos).
Agora, me pergunte se me arrependo da decisão de ter um filho?
Nem por um segundo, nem no auge do choro, nem no momento de raiva.
Só poder olhar para a Vitória já é prêmio suficiente para toda e qualquer privação que ela nos faça passar agora.
E não é pelo fato de eu ser o pai dela, mas ela é muito linda. Em todos os lugares que vamos ela faz o maior sucesso.
Bom, as fotos postadas não me deixam mentir.
Nos últimos dias ela passou a nos acompanhar com os olhos, demonstrando nitidamente que já sabe quem somos, que já nos enxerga.
Outro dia, minhas tias ficaram impressionadas como ela reagiu quando ouviu minha voz, mostrando ter reconhecido a bela voz do pai dela que tanto cantou “Bandeira branca” na busca do soninho!!!
E sem querer fazer propaganda de cartão de crédito, mas isso não tem preço!
Agora, por exemplo, que a casa está em total silêncio (Vitória está mamando) acredito na verdadeira felicidade.
E antes disso ela estava dormindo em meu peito, quieta, com a cabeça torneada pelo meu pescoço e essa sensação é insubstituível.
Aliás, quase sempre faço a Vitória dormir entre partidas de futebol no Playstation, sendo que acho que ela já até aprendeu algumas jogadas.

domingo, 3 de maio de 2009

PAIS E FILHOS

Os filhos deveriam lembrar dos primeiros meses de vida. Muita coisa iria ser diferente nesse mundo, com certeza.
Só assim poderiam saber de tudo que os pais fizeram nesse período. E posso dizer: não é pouco.
Hoje em dia, 5 horas seguidas de sono é motivo de comemoração.
Para o pai e a mãe poderem jantar juntos é necessária uma grande organização, verdadeira operação de logística, e que nem sempre acaba bem.
São horas ininterruptas de choro, veladas entre embalos, cantigas e carinhos, quando não se janta, não se dorme e, ainda que por muitas vezes a irritação apareça, não vence nunca.
E o prêmio para tanta dedicação é o alívio da cólica, o sono da noite, um sorriso disfarçado no rosto da criança. Nada mais do que isso.
Se quando crescêssemos pudéssemos nos lembrar desses dias, certamente trataríamos melhor as pessoas, nos trataríamos melhor.
Infelizmente, a memória não alcança esses dias, onde os filhos poderiam lembrar da sinceridade do carinho, do amor, da total dedicação de seus pais.
E por isso, somente quando deixamos de ser filhos para tornarmos pais é que vamos perceber tudo o que se passa.
E não me entendam mal, não é reclamação, é constatação. Todos passamos por isso, se não como pais, como filhos.
E podem ter certeza que repetiria todas as noites sem dormir pela felicidade de poder olhar para a Vitória.
Os pais também deveriam lembrar de quando eram filhos.
Há muito tempo pensei que escrever algo como um diário com as coisas que não deveria fazer com meu filho, os momentos que deveria entender.
Não preciso dizer que não escrevi, mas sinceramente espero não ter esquecido.
Por mais que se ame um filho, não há como escondê-lo do mundo.
As necessidades de cada idade precisam ser respeitadas.
Sei lá!!!
De qualquer forma, espero corresponder as minhas próprias expectativas com a Vitória.
E queria agradecer aos meus pais.
Saudade mãe!!!