segunda-feira, 19 de novembro de 2007

SONHO SEM TER SONHOS

Já fazia algum tempo que a situação não mudava. Eram horas a fio de puro pesadelo, momentos intermináveis de sofrimento e dor. Todas as aspirações do passado jaziam como mágoas no fundo do peito. Era hora de mudar. Há muito ele sabia disto, mas nada, nada fora possível fazer. A música alta espantava os fantasmas do passado, a agonia do presente, a incerteza do futuro. Procurava em sua mente as idéias que antigamente brotavam com uma facilidade aterradora. Olhava a capa de todos aqueles livros, podia ler seu nome, mais era como se não fosse ele. Era um passado distante, já difícil de recordar. Passava horas a frente da velha máquina de escrever, olhando para aquele papel em branco que parecia desafiar-lhe, aquele papel tão branco quanto sua mente. Acabou dormindo sentado na cadeira. O rosto caído para o lado, a boca semi-aberta, um filete de baba escorrendo pelo canto do lábio. Um sono sem sonhos.(sem data)

5 comentários:

Anônimo disse...

Isso me lembra da época da Faculdade, estudando Cálculo.

Anônimo disse...

Não sei, apesar dos 2 anos de engenharia, não cheguei a estudar cálculo, ainda ue tenha passado no 1 e no 2. Só aprendi a usar a calculadora HP.

Anônimo disse...

Não atualiza mais, vagabundo.
Larga esse trabalho pra poder ter tempo de fazer o que realmante gosta...nadinha.

Anônimo disse...

To pensando nisso seriamente. É só começar a ganhar algum com isso...

Anônimo disse...

Se o pessoal do "casseta" conseguiu, a gente chega lá também