Joguei pedras na cruz. As pedras que marcavam minha estrada. Fora poucas moedas no bolso, já não me restava mais nada. Mas acho que sobrevivi. E acordei procurando palavras pra te dizer, mas só vinham palavras pra não dizer. Pensamentos confusos, mágoas novas que se misturavam às antigas. Sonhos repetitivos como frases e situações. Muita dor por quase nada. E das mudanças de comportamento ao latente descaso, foi o que me deixou num cansaço físico e de coração. Minha já comedida emoção, remoendo pensamentos obscuros, em um caso que mal parecia maduro, agora, parece caminhando pra putrefação.
E eu, senão tivesse tanto medo do novo, me perderia entre o povo pra curtir minha solidão. Mas tenho uma preguiça tamanha que não me deixa mover, não me deixa falar e nem ao menos querer.
Então abro um sorriso amarelo de que como tudo estivesse bem. Ora falo uma bobagem sem graça, mas depois, fico sério também.
E não digo o que sinto. E não sabes o que sinto, assim como eu. São idéias confusas em silêncios profundos desde que tuas escusas não me fizeram bem.
Joguei pedras na cruz e acho que já estou pagando, que o destino está brincando com o que chamo de vida e seguir me calando, escorrendo nos dias, parece ser minha única saída. (18/01/01)
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Há 8 meses
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