domingo, 13 de julho de 2008

LOUCO DEMAIS PARA SABER

Pensei em ficar em pé no parapeito da escada, mas não encontrei nada além do degrau. Talvez acima da multidão em roda rindo de meu corpo pelado. Bato palmas e todos somem e já de calção piso-os como se fosse elefante. Das faíscas douradas das agulhas de tricô, talvez venha a comunicação para com as estrelas de um filme pornô. Eu quero te ver de novo e sentir aquela alegria estranha de estar a sofrer. Corro na chuva ácida de tua bronca, bebo da água clara de tua boca e do resto estou louco demais para saber.(22.1.93)**

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