sábado, 28 de novembro de 2009

8 MESES




Em ritmo de fórmula 1. Já se foram 8 meses de muitas emoções, choros e descobertas.
Sem dúvida alguma, a primeira descoberta é a do amor incondicional por alguém que acabamos de ver (ainda vamos nos conhecer) e de que a sensação da hora do parto é única e incomunicável.
Depois, a gente descobre como é boa uma noite inteira de sono. Umas 6 horas ininterruptas que fosse. Mas isso é passado.
Hoje, acho que não tem nada que eu aprecie mais do que voltar pra casa no fim do dia. Isso pelo simples fato de que, logo que abro a porta, lá está a Vitória que me olha e abre um largo sorrio, franzindo o narizinho.
Com certeza cuidar de um filho não é fácil, mas essas coisas fazem tudo valer à pena.
Nossos primeiros 3 meses foram bem difíceis, principalmente pela Vitória sofrer muito com as cólicas. Com o tempo, os problemas mudam. Hoje, por exemplo, ela está apegada demais com a Laura, chorando quando não está no colo dela, mesmo quando está no meu.
Aliás, colo ela só aceita o da Laura, o meu e o da babá. Com as outras pessoas ela abre o berreiro.
Mas o interessante dessa relação é que o mais difícil também é o mais legal. Explico: ontem a Vitória conseguiu dar seus primeiros movimentos de engatinhar. Já faz tempo que ela se arrasta e gira e se atira para os lados.
Todo esse movimento demanda muito mais atenção de nossa parte. Também acarreta choro pelo fato de, com o domínio do movimento, aparecer vontades que nem sempre podemos permitir (quase nunca na verdade, pois ela tem verdadeira adoração por se atirar de cima da cama).
Por outro lado, é sensacional ver a alegria dela com a possibilidade de se movimentar, de ir atrás dos brinquedos.
Hoje mesmo fiz quase uma passarela com o tapete de borracha para ela ficar engatinhando. Colocávamos um brinquedo na ponta e lá ia ela, aos trancos e barrancos, sorrindo, gritando até seu objetivo. Quando ela chegava, passávamos o brinquedo para o outro lado. Não considero isso nenhum tipo de tortura, só dois pais bobões vendo sua filha crescer.
E se tem pai bobo nesse mundo sou eu. Por vezes, na verdade sempre, quando me dou conta estou andando com ela no colo, sorrindo e olhando pra todo mundo pra ver se estão apreciando a minha pequena. Exibimento mesmo, puro orgulho.
Uma coisa que não muda desde os 2 meses é o jeito de fazer ela dormir durante o dia: a Laura bota um cd da Xuxa e fica dançando com ela na frente do espelho. Umas 3 ou 4 músicas são suficientes, via de regra (por vezes nem a coleção inteira).
Por falar nas músicas, em uma que é sobre o Praga, um antigo personagem do Xou da Xuxa. Na música a Xuxa quer se livrar de qualquer jeito da figura e xingam o coitado e ninguém o quer. Nunca tinha parado pra escutar essa música e, confesso, fiquei meio traumatizado.
E olha que tenho um bom retrospecto em letras de músicas, digamos, nada politicamente corretas. Os fãs da The Osmar Band que o digam.
Mas a próxima novidade é levar a Vitória para o clube para tomar banho de piscina. Ia ser hoje, mas outro temporal frustrou nossos planos.
Taí outra história...