sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

29 SEMANAS


29 semanas se foram e na última 3ª feira fizemos a ecografia 4D. Bem legal, ainda que no dia a Vitória estivesse meio dorminhoca e tímida. Ela passou a maior parte do tempo com as mãos (e até o pezinho) na frente do rosto.
Mas também deu umas 3ou 4 risadas, um grito, chupou o dedo, botou o pé na testa, engoliu, apontou a língua, cheirou o dedo indicador...
Os amigos já conseguiram ver semelhanças entre ela e a Laura nas fotos que mostramos.
Bom, pelo laudo médico a Vitória deve estar com 37 cm de comprimento e com 1056 gramas. O peso está um pouco abaixo das indicações médias, mas não preocupa.
De restou tudo está perfeito.
Ontem, estava com a mão na barriga da Laura quando a Vitória começou a se mexer. Antes a gente só sentia o movimento, mas agora já da para notar partes do corpo dela.
Eu disse que era o pezinho que estava saliente, a Laura disse que era a cabeça que, aliás, somente agora começa a ficar proporcional ao resto do corpo.
Foi então que resolvi perguntar para a própria Vitória que parte do corpo dela era aquela que estávamos praticamente tocando. Disse para ela que se fosse a cabeça ela teria que dar dois cutucões e se fosse o pé três.
Alguns segundos depois ela deu 2 cutucões. Mãe é mãe.
Finalmente nossa reforma parece estar andando. Colocamos os “trilhos de trem” nas paredes e agora tudo está seguro e o reboco vai sendo colocado e o piso alinhado e o encanamento sumindo nos levando para a próxima etapa que é de pisos e azulejos.
Tudo bem que ainda temos que derrubar a parede para abrir uma porta no nosso quarto para o banheiro novo, quando teremos que nos mudar para outra peça. Mas acho que isso vai ser rápido e bem menos dolorido.
A barriga da Laura vem aumentando rapidamente. Acho que de 3 em 3 dias já é possível notar uma diferença e começa a atrapalhar um pouco nossas caminhadas. O crescimento da Vitória faz com que os órgãos fiquem mais apertados, dificultando a respiração.
Cãibras já são uma constante e me fazem acordar com gritos de dor da Laura freqüentemente.
Comigo tudo bem. Sou um espectador de luxo desse milagre da vida. E acho que vou sempre ficar embasbacado ao pensar que dentro da barriga da Laura tem uma criança que daqui pouco mais de 60 dias vai estar nos nossos braços, no mundo.
Já pensaram nisso?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

SONHO SEM TER SONHOS

Sinto muito mas não sinto nada
cada dia é como uma página virada
com seus momentos passando enfadonhos
sem dormir, eu sonho sem ter sonhos.

Nuvens negras encobrem meu horizonte
sempre me pergunto: deveria estar a onde?
em algum lugar diferente do que estou?
alguém diferente da pessoa que eu sou?

Sem resposta, sigo de encontro a um muro
lágrimas me encobrem a visão
tateando, envolto pelo escuro
das mágoas que afogam meu coração. (26.7.94)**

sábado, 24 de janeiro de 2009

O MELHOR AMIGO 2

No filme, por conselho de um amigo, solteirão de carteirinha, o protagonista John da de presente para sua mulher um cachorro que começava a demonstrar certa vontade de ter um filho.
Eles acabam comprando um filhote que estava em promoção e que mais tarde veio a se chamar Marley e que destruía tudo que via pela frente. O tempo passa e eles acabam tendo 3 filhos e continuam com o Marley até o fim da vida dele.
Ao contrário, eu e a Laura resolvemos adotar o Barthô justamente pelo fato de já estarmos pensando em aumentar a família. Achamos que um cachorro podia ser um bom treino para o rebento. E realmente é.
Ouvindo relatos de amigos com filhos pequenos eu pude perceber que filhote é tudo igual, com a diferença de que as fases no cachorro chegam mais rápido que em uma criança.
Primeiro, o filhote não dorme sozinho. A gente colocou o Barthô na “cama”, que ficava na cozinha, deixou ele dormindo e fomos deitar. Foi só isso pra começar o choro e uivos. Duas noites depois e um ataque que quase o matou (até hoje não sabemos bem o que foi) e ele passou a dormir no nosso quarto e é onde ele dorme até hoje.
O segundo passo foi ensinar a fazer “caca” no jornal. É bem difícil e somente depois de alguns vários dias (e de uma “conversa” séria) é que ele começou a utilizar o jornal. Antes, qualquer lugar era lugar para as necessidades.
Agora que o dia dos nascimento da Vitória está se aproximando, começa a crescer a dúvida de como será criar um filho, se terei competência e sabedoria para tanto.
Cuidando do Barthô uma coisa eu já percebi: não tem fórmula, vai depender das características do outro.
Além disso, vamos estar aprendendo tanto a ser pai quanto a ser filha.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

28 SEMANAS


28ª semana aí gente!!! Que susto!!! Que meda!!!
A Vitória já deve estar com sobrancelhas, cílios e cabelos mais espessos. Os olhos já completaram sua formação e as pálpebras abrem e ela já consegue reconhecer a voz.
Na verdade, vamos poder comprovar tudo isso na 3ª feira quando vamos fazer a ecografia 4D. Dizem que a gente vê tudo que pode, em tempo real, ou seja, vamos conhecer a carinha da Vitória. E mais do que isso, ajuda a ver se tudo está bem.
Deve ajudar também a confirmar se ela está com mais ou menos 35 cm e 1,3kg como seria normal.
Conforme as descrições médicas essa é a fase da mãe sentir cãibras, azia, etc. e a Laura vem passando por isso. Duas ou três noites ela acordou gritando e eu, se não tivesse dormindo, desmaiava de susto. Pensei que tava nascendo, mas era câimbra na panturrilha.
Nada agradável acordar no grito...
A casa continua uma bagunça e agora até mesmo eu e o Barthô já estamos meio cansados da confusão, da poeira. A Laura, então, melhor nem falar...
Pelo menos conseguimos um marceneiro mais perto da realidade, com presos aceitáveis, ainda que não seja barato.
Nosso tempo vai se esgotando e a casa ainda está longe de estar pronta, bem longe.
Reforma é uma coisa cansativa, física, psíquica e monetariamente falando. Acaba com toda a resistência, com o humor e com o bolso.
Só o que nos faz resistir é que achamos que tudo vai ficar muito bom quando ficar pronto.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

LAVE A ROUPA SUJA DE MINHA ALMA

Lave a roupa suja de minha alma
segurando firme em minha mão
meus dias já não são de calma,
minhas noites também não.

Estou atrás da longa fileira
de medos, desencontros e obsessão
estou, pela vida inteira
procurando o antídoto para o veneno em meu coração.

Meu braço estendido
espera por tua mão
clama por um momento de calma.

Encontre meu sonho perdido
leve o antídoto para meu coração
lave a roupa suja de minha alma.(2.11.96/23.11.96)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O MELHOR AMIGO

Já fazia algum tempo que não íamos ao cinema, eu e Laura, principalmente por causa do Bartholomeu, nosso cão.
É que ele já fica a semana toda sozinho no pátio, então, no final de semana, queremos recompensá-lo e acabamos fazendo programas em que ele possa ser levado junto.
Aliás, na próxima quinta feira, dia 22/01, o Barthô vai completar seu primeiro ano de vida.
Faz alguns anos nós tivemos outro cachorro que, inclusive, era tio do Barthô, o Cabral. E o Cabral era um cão sensacional. Ele sorria pra gente e pra todos que duvidavam disso, era só chamá-lo e el já vinha mostrando as gengivas.
Mas naquela época, não tínhamos preparo para cuidar dele e, por isso, o Cabral ficava muito tempo sozinho, o que fez com que ele se machucasse ao ficar se mordendo e coçando com constância acima do devido.
Víamos que ele não estava feliz e não tínhamos como mudar aquela situação, na verdade, não estávamos preparados para criar um cachorro.
Então, lá se foi o Cabral de volta para a fazenda, sua terra natal. E lá ele acabou morrendo alguns meses depois, vitimado pelo estômago, por comer um ovelha que havia morrido envenenada.
Tenho bastante saudade do Cabral, ainda tenho uma foto dele no mural em casa.
Mas mesmo com tudo isso, ano passado resolvemos trazer o Barthô da fazenda para morar conosco. E lá se vão 10 meses de um aprendizado diário.
Posso citar pelo menos duas grandes diferenças da época do Cabral para agora: primeiro, estávamos preparados para o compromisso de cuidar do Barthô; segundo, contratamos o Mauro, adestrador, que fez um excelente trabalho com ele, facilitando muito a convivência.
E é um conselho para toda pessoa que quiser ter um cachorro: treine o bicho, faz uma diferença enorme e a maioria das situações em que você pensa onde estava com a cabeça quando pegou aquele cão não vão acontecer.
Querendo, tem o site http://viralataviratleta.com/ Entrem em contato com o Mauro.
Bom, mas essa história toda na verdade nasceu pelo filme que fomos ver no domingo: Marley e eu.
Mais particularmente de uma frase do filme em que o protagonista diz que para o cachorro não importa se você é bonito ou feio, rico ou pobre, chato, fedorento, enfim, a dedicação, o amor, a lealdade dele é incondicional.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

27 semanas


Estamos entrando no último trimestre da gravidez agora, com o começo da 27ª semana. Corremos contra o tempo, pois a casa está que é pura bagunça. Paredes quebradas, muita poeira, móveis empilhados e lonas pela sala.
Ainda não começamos a fazer os móveis para o quarto da Vitória, se bem que o berço, presente de queridos amigos, e o colchão já estão garantidos.
Já faz mais de uma semana que estamos sem cozinha, lavando a louça na pia do banheiro e a Laura praticamente sitiada no quarto, único lugar mantido intacto e limpo.
Eu e o Bartholomeu ficamos na sala, na “polvadeira” que a gente gosta de bagunça mesmo.
A Vitória tem se movimentado muito, muito mesmo. Uma noite dessas a Laura já estava cansada de tanto que esta menina pulava. E já era mais de meia noite.
Aí eu coloquei a mão na barriga da Laura e comecei a conversar com a Vitória, disse que ela podia se acalmar, que já era tarde e hora de criança estar dormindo.
Sem brincadeira, 2 ou 3 minutos depois ela já estava quietinha, nanando!!!
No começo, os movimentos eram poucos e em um lugar específico, uma batida por vez. Agora, é uma verdadeira bateria. Chutes, tapas, cabeçadas, sei lá! Mas é uma folia...
E tudo ao mesmo tempo.
Não é à toa que o cérebro está em franco desenvolvimento e as ondas cerebrais já são quase aquelas do bebê no nascimento. As pálpebras estão quase abertas e a retina se formando. Os pulmões estão cada vez mais maduros e já começam a poder respirar o ar.
Medidas aproximadas: 32 cm e 1,2 kg.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

TEU AMOR

Olhos lânguidos olham longe
na sede santa de saber
ouvem vozes que vem de onde
razão, raiva parece ser

No ponto claro do horizonte
na batida fraca de um coração
esquizóides pensamentos atravessam a ponte
e mais me afastam da tua mão

Chorei sentado no chão frio da solidão
procurei o ombro amigo destas horas
que freqüentemente afasta o dissabor

Mas na tempestade desértica de meu coração
estando, assim, completamente só, agora,
foi que me fez falta o teu amor.(8.6.97)

domingo, 11 de janeiro de 2009

SEMANAS 25 E 26

Na última sexta feira ingressamos na 26ª semana da gravidez já de volta das duas semanas de folga. Aliás, duas semanas em que a barriga da Laura cresceu bastante.
Os movimentos da Vitória, muitas vezes, já podem ser percebidos com o olhar e o que antes era um chute em um lugar, agora já virou uma verdadeira bateria

No dia 24 de dezembro último, fizemos a ecografia do coração e tudo está perfeito. É muito impressionante esta ecografia, pois cada canto do coração é observado e ouvido, uma vez que em cada lugar o batimento é diferenciado.
Confesso que fiquei bastante emocionado quando o médico disse que “a Vitória é uma menina de ótimo coração!”

Nestas duas últimas semanas o desenvolvimento foi grande.

Na 25ª semana a estrutura da coluna começou a se formar, bem como os alvéolos nos pulmões que, nessa fase, já poderiam suportar eventual nascimento, claro que com ajuda de aparelhos respiratórios. Os olhos já detectam a luz e a Vitória já consegue ouvir os sons extra-uterinos.

Já na 26ª semana a Vitória está quase com 1 quilo e mais de 30 cm de comprimento e é a semana em que os alvéolos terminam sua formação e o cérebro continua aperfeiçoando as atividades dos sistemas visual e auditivo.
Nessa fase, o bebê prematuro tem entre 70 e 80% de chance de sobreviver com atendimento conveniente.

Alguns sinais que podem demonstrar a possibilidade de parto prematuro:
Cólicas parecidas com as do período menstrual (constantes ou ocasionais);
Dores constantes no baixo ventre Pressão na região pélvica (como se o bebê estivesse empurrando para baixo);
Cólicas abdominais (com ou sem diarréia);
Aumento e alteração da consistência do corrimento vaginal (especialmente se ele se torna mucoso como o do período ovulatório);
Contrações uterinas a cada 10 minutos ou mais freqüentes (podem ser dolorosas)

Felizmente, com a Laura tudo vai muito bem em que pese a atrapalhação com a reforma. Estamos na fase da destruição. Muito pó, muita bagunça e aquela sensação que nunca mais as coisas vão para o lugar.

Mas no fim tudo vai dar certo e estaremos prontos para receber a Vitória em casa.